sábado, 27 de outubro de 2007

A comunidade protesta em frente ao Ministerio público estadual


Risco iminente

Moradores de loteamento atingido por desastre ambiental apresentam sintomas de contaminação



Um grupo de moradores do Loteamento Parque Real Serra Verde, em Camaçari, foi ontem ao Ministério Público do Estado (MPE), em Nazaré, pedir apoio do órgão para que a Secretaria de Saúde do município garanta assistência às vítimas do desastre ambiental ocorrido ano passado. “Estamos nos sentindo sem a menor atenção do poder público. Muitas pessoas estão apresentando os sintomas de contaminação e até agora nada foi feito pela Secretaria de Saúde de Camaçari”, denunciou o líder comunitário Araílton Rodrigues(Rodrigo)
O desastre ambiental ocorreu no dia 21 de junho do ano passado, quando um coquetel de produtos químicos foi despejado clandestinamente, durante a noite, na entrada do loteamento. Cerca de dez mil litros dos produtos químicos organoclorados Endosulfam I e II foram jogados em uma área de aproximadamente dez mil metros quadrados. À época, o odor intenso do produto, semelhante ao do GLP (gás de cozinha), teria causado mal-estar nos moradores, que se queixaram de fortes dores de cabeça e náuseas.
Uma das moradoras do loteamento – que residia a 150m do local do derrame –, Eufrozina Vieira de Santana, supostamente contaminada, morreu em janeiro último, quando caiu na rua por causa de intensa vertigem e bateu a cabeça. “Não fizeram necropsia e ninguém pôde ver se ela havia sido contaminada”, ressaltou Rodrigo. Outro integrante da comunidade, que inclui cerca de 350 moradores, Armindo Rodrigues, está internado na UTI do Hospital São Rafael, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). Para os manifestantes, o AVC pode estar relacionado à contaminação.
Atendimento - Eles enfatizaram ainda que, só após dois meses do acidente, a Secretaria de Saúde de Camaçari fez a coleta de sangue, fezes e urina da comunidade para confirmar a intoxicação. No entanto, só um médico clínico teria prestado o atendimento. “Ele nos receitava medicamentos para verminoses e ninguém tinha verminose”, denunciou uma das moradoras que preferiu não ser identificada.
Segundo Rodrigo, os exames teriam sido realizados em duas etapas: 118 deles foram feitos no início de agosto e, destes, 44 apresentaram alterações. Os resultados das avaliações, feitas por um laboratório especializado em toxicologia de Minas Gerais, no entanto, só teriam sido entregues em janeiro. A outra etapa foi realizada no início desse ano, envolvendo outros 180 moradores. O resultado, no entanto, ainda não foi entregue. “As pessoas ainda não receberam os laudos – situação que incomoda e muito a população”, frisou.
O secretário de saúde de Camaçari, Carlos Trindade, afirmou que a suposta “lentidão” na entrega do exames ocorre devido à complexidade das avaliações, já que a coleta é feita individualmente. Informou ainda que um toxicologista foi disponibilizado exclusivamente para a população e que o diálogo da secretaria tem sido aberto com a comunidade. Disse desconhecer o fato de o médico clínico ter receitado remédios de verminose para os moradores. “Mas se ele fez isso é porque também deve ter verificado esse tipo de enfermidade na população”, acrescentou.
***Investigação continua
O titular da promotoria regional de Camaçari, Luciano Pitta, informou que a investigação sobre o desastre ambiental aguarda uma resposta do Conselho Federal de Química (CFQ) sobre possíveis compradores e fornecedores dos organoclorados Endosulfam I e II, predominantes nas amostras coletadas. “Com base nisso, vamos avançar na investigação que nunca esteve parada”, concluiu. Nesta quarta-feira, a promotoria regional, Ministério Público do Estado e moradores se encontrarão na sede do MPE/BA, em Nazaré, para uma reunião com o procurador geral de Justiça Lidivaldo BrittoNa época do acidente, equipes do Centro de Recursos Ambientais (CRA), da Secretaria de Saúde do Município, da Cetrel e do Pólo Petroquímico estiveram no local para levantar os prejuízos. No período, um relatório da Cetrel já identificava contaminação.
“A área sob influência do evento de descarte ilegal de produtos químicos, às margens da rodovia ‘cascalheira’, encontra-se impactada nos solos e águas subterrâneas e superficiais por compostos orgânicos voláteis (...) e principalmente por pesticidas”. Ainda segundo o laudo, os córregos Mundré e Eldorado também foram afetados pelos produtos químicos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Moradores exigem agilidade nos exames

(Casal de idosos sente-se abandonados pelo poder público)
Moradores exigem agilidade nos exames
Um grupo de moradores de povoado Parque Real Serra Verde localizado as margens da Estrada da Cascalheira em Camaçari protestou na manhã de ontem na frente do Cofic(Cômite de fomento industrial de Camaçari),reclamndo do abandono a que foram regalados,após descarte criminoso de um coquetel de produtos quimicos em 21 de junho de 2006 na comunidade."O Cofic ainda não se posicionou sobre o abandono que essas pessoas estão vivendo sem informação do estado de saúde em que se encontram."Queremos que um representante da entidade nos ouça e explique a razão do descaso",disse o líder Arailton Rodrigues,conhecido por Rodrigo,acrescentado que o Cofic representa 53 empresas do polo industrial. Portando cartazes que pediam socorro e denunciavam o descaso os manifestantes forma rebidos pelo superintendente de comunicaçaõ do Cofic,Érico Oliveira que esta assistência cabe ao poder público."O Que aconteceu ali foi um crime e requer investigação policial.Temos um limite de ação,assim que ocorreu a contaminação,a Defesa Civil nos acionou e ofereçemos todo o apoio atraves da Cetrel,que continua fazendo monitoramento da area com supervisão do CRA",explicou OliveiraSem poder prestar a assistência exigida Oliveira disponibilisou transporte para todos os manifestantes e os acompanhou ao Centro de Vigilância e planejamento em saúde,no Centro de Camaçari para uma reunião com os secretarios municipal de saúde, Carlos Trindade, e defesa Cívil,Ademar Lopes,uma das exigências da comunidade era a entrega do segundo lote de exames especificos para detectar a contaminação por substâncias encontradas nas análises do material descartado. ( casal de idosos sofre com o descaso do poder público,depois da contaminação) Explicação:"O resulatado de partes dos exames já chegaram e agendamos consultas com toxilogista para cada um dos moradores para que ele possa explicar o que significa a contaminação,nos casos de resultados positivos para substâncias químicas.O que não queremos é que as pessoas fiquem sem saber o que vai acontecer a elas por causa da contaminação",explicou o diretor de vigilância sanitaria,Adelmar Vilela."Quando assumi a secretaria de saude a pouco mais de dois meses sabia que a atenção ás vitimas da contaminação no Parque Real Serra Verde era uma das prioridades",explicou Carlos Trindade.Apesar da secretaria de saude oferecer assistência,alguns moradores revoltaram-se ao saber que trinta e nove deverão passar novamente para coleta de sangue."O laboratorio pediu recoleta devido a um problema no laudo de uma das substâncias,não é nada anormal",Explicou Vilela.A diarista Enedina Cruz Dias 75 que já recebeu o resultado positivo do exame toxilogico para o pesticida Endosulfan,chorou ao saber que deveria passar por uma recoleta de sangue."Toda hora querem tirar o sangue,mas tratamento até agora nada.Tenho enjôo,tontura,já não posso trabalhar direito",protestou.Segundo o secretario é provavel que os exames virem rotina,já que as pessoas precisam passar por um aconhamento periodico para detectar se as concentrações das substâncias sofrem variações.Todo esse transtorno começou em junho de 2006,quando um mix de produtos quimicos contendo pesticidas e substâncias nocivas a saude foi descartada por um caminhão não-identificado em um terreno vazio no povoado de Parque Real Serra Verde em Camaçari.Depois disso,muitas pessoas passaram a sofrer de náuseas ,dores de cabaça e falta de ar.A avaliação das propriedades do produto foi realizado por tecnico da Cetrel,que informou que o produto é toxico e contem pesticidas,solventes e um composto de enxofre,hidrôgenio e Carbono utilizado para detectar vazamento de gás de cozinha.Algumas desssas substâncias são canceriginas.Uma investigação é conduzida pela delegarcai de Camaçari a pedido do Ministério Público e visa descobrir os responsaveis pelo descarte.Em janeiro,apenas 118 pessoas forma convocadas fazer os exames toxilogicos.Fonte:JornalATARDE_________________________
Opinião pessoal de Rodrigo_____________________________ Apesar de todas as afirmações dos secretários que foram acertados nesta reunião, nada foi cumprido até o dia de hoje, que é 19 de setembro de 2007.

Desperdicio de água



DESPERDÍCIO DE ÁGUA
São Paulo, por exemplo, já está sofrendo racionamento de água. Isso sem citar o Nordeste que sempre enfrenta o problema da seca. A palavra do momento é economizar, afinal cada gota economizada é um ponto a mais na luta para a conservação da Água no Planeta.
Gastar mais de 200 litros de água por dia é jogar dinheiro fora e desperdiçar nossos recursos naturais. Veja como podemos economizar água - e dinheiro - sem prejudicar a saúde e a limpeza da casa e das pessoas.
O desperdício residencial é o campeão, sendo que no Brasil, o desperdício de água chega a 70% e nas residências temos até 78% do consumo de água de uma residência sendo gasto no banheiro. Tudo isto pode mudar com simples mudanças de hábitos
Veja os exemplos a seguir:
No Banheiro:
Feche a torneira enquanto escova os dentes ou faz a barba. Uma torneira aberta pode consumir, por minuto, até 2,4 litros (numa casa) ou 16 litros (num apartamento).
Tome banhos rápidos. A cada minuto no banho você gasta de 3 a 9 litros
Regule as válvulas de descarga.
As convencionais usam cerca de 40% de toda a água de uma casa ou escola.
Cada segundo que uma pessoa permanece com o dedo na descarga são 10 litros de água desperdiçados.
Na cozinha:
Limpe bem os pratos e panelas e jogue os restos de comida no lixo
Deixe a louça na água para facilitar a lavagem.
Feche a torneira enquanto ensaboa e volte a abri-la apenas para enxaguar.
Ligue a máquina de lavar louça apenas quando estiver completa.
Na lavanderia:
Utilize a lavadora de roupa só quando ela estiver cheia e ligue no máximo três vezes por semana.
Reaproveite a água de chuva ou da máquina para lavar o chão da cozinha, área de serviço e quintal
Nas áreas externas:
Varra as calçadas para retirar o lixo e use balde em vez de mangueiras.
Molhe as plantas com regador quando o sol estiver mais fraco.
Lave o carro utilizando o balde.
Prefira jardins a áreas cimentadas, favorecendo a infiltração da água no solo.
Manutenção:
Elimine vazamentos.
Troque ou conserte torneiras pingando.
Faça o teste do relógio de água.
Se os ponteiros continuarem rodando sem consumo, é sinal de vazamento.





quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Análise constata contaminação em Camaçari

22/03/2007
Análise constata 15 substâncias tóxicas em distrito de Camaçari-Bahia





Graciela Alvarez______________( Este é um dos sintomas de contaminação )
O inquérito civil que apontará os responsáveis pelo despejo de um produto químico na entrada do Loteamento Parque Real Serra Verde (distrito de Camaçari), na madrugada do dia 22 de junho do ano passado, já está quase concluído. A análise do líquido feito pela Cetrel – Empresa de Proteção Ambiental S/A, a pedido do Ministério Público (MP), constatou a presença de 15 substâncias tóxicas, a maioria produzida no Pólo Petroquímico de Camaçari.
Para concluir o processo, o MP só está aguardando a resposta de uma empresa petroquímica do Ceará que produz endosulfan (I e II), única substância encontrada que não é produzida no pólo, para saber qual empresa do complexo compra o produto. A partir daí, o MP espera apontar todos os responsáveis pelo crime ambiental.
O laudo conclusivo da Cetrel revela que os solos e águas subterrâneas do local encontram-se infectados por componentes orgânicos voláteis (sobretudo xilenos e etilbenzenos) e também por pesticidas. Os córregos Mundré e Eldorado também foram afetados pelos produtos químicos. Por isso, muitos dos moradores, que consumiam água vindas de poços artesianos foram intoxicados.
Para amenizar a situação, a Embasa isolou os poços e instalou água encanada nas casas. Segundo a dona de casa Claudinéia dos Santos, 24 anos, logo após o despejo do produto, a água tinha um gosto muito forte. “Era impossível beber, mas na falta era a única opção”, conta, informando que só há dois meses teve água encanada.
A retirada de mais de 1.500 toneladas de solo contaminado foi outra medida adotada pela órgão de defesa civil de Camaçari. No entanto, somente após quase dois meses do acidente, a Secretaria de Saúde do município realizou a coleta de sangue, fezes e urina da população para confirmar a intoxicação. Segundo o líder comunitário Araílton Rodrigues, os exames foram realizados em duas etapas – uma parte das pessoas no início de agosto e a outra há cerca de 50 dias. Ele conta que os resultados dos exames, feitos por um laboratório especializado em toxicologia de Minas Gerais, só começaram a ser entregues pela Secretaria de Saúde há dois meses, e ainda assim depois de protestos na imprensa. As pessoas que fizeram depois ainda não receberam os laudos – situação que incomoda e muito a população. “Meu marido tem o direito de saber o que ele tem”, exalta-se a aposentada Hildete Matos, 71 anos.
Acompanhamento – Segundo o diretor da Vigilância em Saúde de Camaçari, órgão responsável pela avaliação e monitoração da população atingida, Ademar Vilela, a prefeitura está prestando todo o apoio às vítimas, desde os exames laboratoriais, até avaliação e acompanhamento médico. Quando questionado sobre a demora para entrega dos resultados, ele afirma que isso é apenas uma medida de prevenção. “As pessoas podem se assustar com o resultado e ter uma reação inesperada. Por isso, preferimos que os médico, façam esta avaliação e expliquem tudo de forma correta”, justifica, informando que todos que fizeram os exames já estão com consultas agendadas para a avaliação com médicos especializados, inclusive com um toxicologista.
A declaração, no entanto, é contestada por Hildete: “Todas as vezes que passamos mal somos atendidos por um clínico geral. Da última vez, um deles mandou que eu procurasse um psicólogo.”Apesar dos médicos acreditarem que muitos dos sintomas apresentados pela população são devidos a situação de estresse causada pelo ocorrido, o resultado do exame de Claudinéia Santos constatou que a sua quantidade de ácido hipúrico (a sua concentração está relacionada à exposição ocupacional ao tolueno) está acima do aceitável. Por causa do valor alterado, o laboratório repetiu o exame e novamente foi comprovada a dosagem.
Já a análise da moradora Maria Nilza dos Santos constatou a presença de inseticida do grupo organoclorados, no valor de 6,4 ppb, sendo que para esta substância não existe valor de referência – ou seja, só o fato da sua presença já constata a intoxicação. “Cerca de 40% das pessoas que realizaram os exames tiveram uma alteração significativa no resultado”, relata Rodrigues.
***Trezentas pessoas intoxicadas
Foram despejados numa área de cerca de dez mil metros quadrados do Loteamento Parque Real Serra Verde cerca de dez mil litros do produto químico, intoxicando 300 pessoas, totalizando 59 famílias. No dia do acidente, o cheiro forte do produto – que segundo os moradores se assemelhava ao do GLP (gás de cozinha) – causou mal-estar nos moradores da região, que se queixaram de fortes dores de cabeça, náuseas e tontura.
Hoje, após nove meses, muitos deles ainda reclamam de alguns desses sintomas, a exemplo do cansaço constante. É o caso de Claudinéia Santos, que chegou a ser internada há 15 dias no Hospital Geral de Camaçari, após apresentar dor de cabeça, fraqueza e febre – sintomas comuns aos da época do acidente. “Depois dessa tragédia todos os dias sinto fortes dores de cabeça”, declara, garantindo nunca ter sentido nada disso antes.
Na época, muitas pessoas que não tinham para onde ir ficaram abrigadas no centro comunitário do município. Metade das famílias deixou local e foi para casas de parentes e amigos. Esse foi o caso do filho do comerciante Reginaldo Bonfim Nascimento, de apenas 9 anos, que precisou se mudar para a casa de uma tia em Salvador porque a escola onde estudava foi fechada. Ainda sem apresentar muitos sintomas, apenas leves dores nas pernas, a criança foi uma das mais contaminadas pelo produto. “Essa irresponsabilidade causou praticamente a destruição da minha família”, reclama o pai.
Segundo Bonfim, além de ter sido obrigado a se separar do filho e da esposa, perdeu quase todos os clientes que freqüentavam seu pequeno ponto comercial. “As pessoas têm até medo de comer uma galinha de molho pardo aqui e se contaminar”, desabafa, dizendo que a pior preocupação hoje é a saúde de seu filho. “Se eu morrer amanhã com 47 anos já aproveitei, mas ele ainda está no início da vida”.
***INDENIZAÇÕES
Somente após a conclusão dos inquéritos policial e civil, cujo culpados serão nomeados, os moradores poderão entrar com uma ação de perdas e danos. “Esperamos que até o final do mês essa empresa do Ceará divulgue quem compra o endosulfan (I e II)”, afirma confiante Rodrigues. Para confirmar as análises realizadas pela Cetrel, a comunidade local, que conta com o auxílio de um advogado particular, está verificando a possibilidade da contratação de um bioquímico e toxicologista da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), cujos custos seriam pagos pelo próprio Ministério Público.





__________________________________(Esta é uma deformação congênita ocasionada por organoclorado)







Fonte:Correio da Bahia;Aqui Salvador(só o texto)
Fotos ilustrativas:Google

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Rodrigo mostra area contaminada para a reportagem de A Tarde.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

23/06/2006
Contaminação misteriosa

Produto químico ainda não-identificado causa dor de cabeça e náuseas em moradores de loteamento





(Dona Amélia é uma das vitimas)


Por Cilene Brito
Um produto químico ainda não-identificado foi despejado clandestinamente, na noite de quarta-feira, na entrada do Loteamento Parque Real Serra Verde, distrito de Camaçari, que fica a 100m da Estrada da Cascalheira. O cheiro forte do produto, que se assemelha ao do GLP (gás de cozinha), está causando mal-estar nos moradores da região, que se queixam de fortes dores de cabeça e náuseas. A Defesa Civil do município isolou as entradas de acesso ao loteamento que possui cerca de 300 pessoas.
Aproximadamente dez mil litros do produto químico foram despejados numa área de cerca de dez mil metros quadrados. Equipes do Centro de Recursos Ambientais (CRA), da Secretaria de Saúde do Município, da Cetrel e Pólo Petroquímico estiveram no local para avaliar os danos causados pelo produto, mas ainda não há confirmação de que o líquido é tóxico. Segundo o secretário de Defesa Civil, Ademar Lopes Fernandes, amostras do produto foram coletadas pelos órgãos para análise e somente após os resultados poderá ser avaliado o risco de contaminação.
Os moradores afirmam que o cheiro forte começou a se espalhar no início da noite de ontem, mas, por enquanto, não há suspeitos. A Defesa Civil afirma que grande parte do produto se espalhou pela região, em função da chuva que caiu durante a madrugada. Diversos poços e cisternas foram atingidos. Por causa do risco de contaminação, os moradores foram orientados a não consumirem a água. Pequenos animais da região já foram encontrados mortos.
Abrigo - Metade das famílias já deixou o local e foi para casa de parentes e amigos. A Defesa Civil está tentando retirar o restante das famílias que estão no local. O órgão está oferecendo abrigo num centro comunitário do município para as pessoas que não têm para onde ir. Quem permaneceu no loteamento até a tarde de ontem se queixava de dor de cabeça e mal-estar. Para diminuir o efeito do cheiro, a dona de casa, Alzerina Barbosa, 69 anos, usava uma máscara de pano no nariz. Ela diz que não conseguiu dormir durante a noite por causa do odor forte do produto. "Ninguém dormiu aqui em casa. Senti muita dor de cabeça e náuseas. Hoje cheguei a passar mal na rua", conta.
A dona de casa Amélia Conceição dos santos também se queixava de dor e náuseas. "Acordei vomitando hoje (ontem) pela manhã", conta. Na sua casa, todas as pessoas se sentiram mal. A mais prejudicada foi sua neta, de apenas 1 mês, que chegou a ser levada para o hospital com sintomas de problemas respiratórios.
Uma das casas mais atingidas foi a do pedreiro Roque dos santos, 28 anos, que mora próximo ao local do despejo. Ele encontrou quatro galinhas mortas no quintal e diz temer o risco de contaminação. "O cheiro é muito forte. Desde às 7h de ontem, estou sentindo dor de cabeça e incômodo", diz. Para o conselheiro municipal de meio ambiente e articulador da associação de moradores do loteamento, Arailton Rodrigues(Rodrigo), 38 anos, a ação foi um ato de irresponsabilidade. "Isto foi um ato de desrespeito ao ser humano", lamenta.
O secretário de Defesa Civil, Ademar Lopes Fernandes, afirma que o despejo do produto se trata de um ato criminoso. De acordo com ele, a Polícia Civil já instaurou um inquérito para investigar os responsáveis pela ação. No fim da tarde de ontem, um caminhão de sucção foi até o local para começar a retirada do produto, que será encaminhado para a Cetrel. A operação deve ser finalizada hoje.
Este blog têm por objetivo divulgar e conscientizar o cidadão a exercer a sua cidadania em toda a sua plenitude e não deixar de ressaltar o seu dever como cidadão em preservar em todos os sentidos o meio ambiente pois nós e as futuras gerações dependemos dela.Preservar Sempre