Após denúncia feita ao Ministério Público pelo Movimento dos Excluídos da Bahia, Associação de Moradores do Parque das Mangabas, Associação do Parque Real Serra Verde e Associação das Vítimas de Descarte de Produtos Químicos, a obra de construção de um imóvel de propriedade da Igreja Assembleia de Deus sob o leito do Rio Capivara finalmente foi embargada.
Pouco depois que o presidente do Movimento dos Excluídos da Bahia, Arailton Rodrigo, entregou cópia da denúncia ao site Nossa Metrópole e o crime ambiental foi divulgado pela reportagem, uma equipe do MP foi até o local – divisa entre os bairros Parque Real Serra Verde e Parque das Mangabas – e constatou a destruição da mata ciliar e aterramento do lençol freático.
O relatório gerado pela avaliação da equipe desencadeou na ordem de embargar a obra, que imediatamente foi paralisada. Uma placa foi fixada no local, informada que aquela é uma “Área de Preservação Ambiental Permanente”. Mas o muro construído sobre o leito do rio, cujo fluxo chegou a ser desviado, permanece no local, embora parte tenha sido destruída por integrantes das entidades denunciantes.
Arailton Rodrigo retornou a redação para agradecer pela divulgação da denúncia e externar um novo anseio. “Queremos uma contrapartida pela degradação já causada. Os responsáveis pela construção devem retirar o muro e pelo menos amenizar os danos causados, realizando a limpeza do afluente e plantio de árvores no leito”, frisa, acrescentando que as entidades continuam fiscalizando a ação de especuladores imobiliários no local.