quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Após denúncia, MP embarga obra de igreja Assembleia de Deus no leito do Rio Capivara


Após denúncia feita ao Ministério Público pelo Movimento dos Excluídos da Bahia, Associação de Moradores do Parque das Mangabas, Associação do Parque Real Serra Verde e Associação das Vítimas de Descarte de Produtos Químicos, a obra de construção de um imóvel de propriedade da Igreja Assembleia de Deus sob o leito do Rio Capivara finalmente foi embargada.
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Pouco depois que o presidente do Movimento dos Excluídos da Bahia, Arailton Rodrigo, entregou cópia da denúncia ao site Nossa Metrópole e o crime ambiental foi divulgado pela reportagem, uma equipe do MP foi até o local – divisa entre os bairros Parque Real Serra Verde e Parque das Mangabas – e constatou a destruição da mata ciliar e aterramento do lençol freático.
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O relatório gerado pela avaliação da equipe desencadeou na ordem de embargar a obra, que imediatamente foi paralisada. Uma placa foi fixada no local, informada que aquela é uma “Área de Preservação Ambiental Permanente”. Mas o muro construído sobre o leito do rio, cujo fluxo chegou a ser desviado, permanece no local, embora parte tenha sido destruída por integrantes das entidades denunciantes.
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Arailton Rodrigo retornou a redação para agradecer pela divulgação da denúncia e externar um novo anseio. “Queremos uma contrapartida pela degradação já causada. Os responsáveis pela construção devem retirar o muro e pelo menos amenizar os danos causados, realizando a limpeza do afluente e plantio de árvores no leito”, frisa, acrescentando que as entidades continuam fiscalizando a ação de especuladores imobiliários no local.
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